A matemática no tempo dos nossos avós

19-08-2013 12:12

Centro de Ciência Viva

Como é que os nossos avós usavam a matemática no dia-a-dia, nas mais variadas atividades do lar, na agricultura, no comércio e nas artes e ofícios, foi o ponto de partida para um roteiro matemático desenvolvido, no sábado, pelo Centro Ciência Viva da Floresta. Intitulada “A matemática no tempo dos nossos avós”, a atividade foi desenvolvida no âmbito dos projetos “Ciência Viva no verão” e “Ano da Matemática no Planeta Terra”.

Recordando os conhecimentos empíricos que eram transmitidos de pais para filhos e de mestres para aprendizes, a iniciativa explicou os métodos simples com que mesmo aqueles que não sabiam ler nem escrever conseguiam contar, medir e pesar. Os pesos de pedra, a corrente do agrimensor, os alqueires e meios alqueires, o almude, as varas, o arrátel que é herança árabe, o sistema decimal introduzido no séc. XIX (utilizando pesos de bronze ou de ferro fundido), os esquadros de madeira, as réguas, os níveis, os fio-de-prumo e tantos outros fazem parte de um conjunto de procedimentos que permitiam o funcionamento económico e técnico das comunidades de forma regulada.

No museu de Sobreira Formosa os participantes puderam observar pesos e medidas de capacidade antigas, instrumentos de medir e traçar usados na carpintaria, na construção de edifícios, no comércio, na confeção de vestuário, nos lagares, nos moinhos entre outros. José Farinha, mestre carpinteiro, falou da arte do desenho do mobiliário e da sua confeção.

No novo parque de mercados e feiras realizaram-se atividades de topografia e agrimensura, apresentadas por Manuel Lobo, que explicou e demonstrou como se realizavam estas operações no passado e como foram evoluindo tecnologicamente. Recorrendo a um teodolito, aparelho ótico de topografia, os participantes realizaram algumas atividades.

Finalmente, com a ajuda de Vítor Bairrada, puderam experimentar técnicas e operações aritméticas simples para determinar a altura de uma árvore pelo método da vara, utilizando as sombras e uma regra de três simples, e como se mede a largura de um rio.

Victor Bairrada