Reflexões
Imergir nas devoções com o coração aberto às missões
13-10-2015 18:43A casa cheia
13-10-2015 18:43Acabou o Verão. Tive a casa cheia. Ora filhos e as suas famílias, ora só netos, ora familiares. Tudo bem! Alguma confusão...! Uma alegria. Uma bênção do Céu. Acontece que tanto como mãe ou como avó há muito trabalho a fazer. Não é fácil.
Para que essa tarefa educativa seja eficaz há que criar e manter um ambiente adequado, para que se possa transmitir ou aceitar qualquer mensagem. Necessitamos em primeiro lugar um mínimo de bem-estar a todos os níveis. Necessitamos de um plano de vida, onde vamos colocar, tempo de repouso, tempo de atividades, tempo espiritual, incluindo a Eucaristia Dominical, as orações diárias habituais, tempo de partilha, tempo de dizer “não” ao consumo desnecessário etc.
Não é acertado neste tempo de férias uma imposição de autoridade, acho que o ideal é sermos amigos e generosos com filhos, noras, e netos, onde eles sintam que podem confiar as suas inquietações e os seus problemas. Eles, aliás, esperam uma ajuda eficaz e amável. Este aspeto é importante, porque só onde se respira um ar fresco de liberdade, das virtudes humanas e cristãs, da essência da educação familiar é que se encontra um terreno apropriado para semear.
A liberdade deve ser sempre acompanhada de responsabilidade. Há que moldar as almas e que nelas se veja a imagem de Deus. Somos o único Evangelho vivo que todos leem. Isto exige um esforço pessoal.
Não basta pôr um modelo de comportamento só com palavras. São imprescindíveis as obras, o bom exemplo, dentro das limitações próprias de cada um de nós. Nesses dias de casa cheia tudo é julgado, umas vezes para o bem outras vezes para o mal. Em muitas situações há que despachar o nosso próprio “eu”, sorrir e principalmente dar graças a Deus, de tanto trabalho, santificá-lo e santificar os outros. Temos de ser demasiado bondosas mas com rigor, temos de ser sobrenaturais e humanas na nossa conduta.
Trabalhar com muito carinho, amor, mansidão, criatividade para colocar os nossos talentos a funcionar, calar em determinadas ocasiões, escutar, aceitar críticas com sorriso sincero e pedir a Deus ajuda e paciência para momentos menos agradáveis.
Há que explicar as coisas com calma e pedagogia cristã para que percebam desde pequenos, e a pouco e pouco, vejam o sentido verdadeiro da vida. Ter cuidado para não cairmos no extremo oposto, pois teria efeitos nefastos.
Este espaço de férias é também ocasião para se discutir qualquer assunto. Nestes momentos temos a oportunidade de eleger o que é bom e o que é mau e com a graça de Deus ensinar-lhes a administrar o bem. Há também que atender ao tempo livre diário, ao descanso ao fim de semana, e ao ambiente que envolve cada caso.
Um ponto importante é também o uso da televisão, computador e redes sociais, que constituem uns dos meios habituais de descanso. Há que ter sentido de responsabilidade na maneira como são utilizados. Verificar até que ponto está a condicionar a vida de algum neto ou de outro membro familiar. Se há que corrigir alguma coisa temos o dever de o fazer com muita generosidade e humildade, lembrar que nas redes sociais, falamos sempre para um público e sempre que comentamos ou colocamos um “ like “ estamos a falar para muita gente. Têm de saber se aquilo que se coloca numa rede social é coerente com a nossa vida social e cristã. Se ao comunicar vai fazer pensar, sorrir, se tem humor, se tem importância, se é prudente.
Muitas são as possibilidades que se abrem, mas exigem uma permanente atenção para não deixar passar boas oportunidades, por exemplo a leitura de livros adequados, acontecimentos, culturais, diversões saudáveis, fazer pratos de culinária especiais, colocar pormenores originais na nossa casa, distribuir pequenos serviços fora e dentro de casa que ajudam a não ser egoístas, individualistas etc. Tudo isto põe em jogo uma aprendizagem fundamental para a vida. Com a casa cheia, no meu exame diário, perguntava a mim mesma: - Que avó sou eu?
Acho que temos de ser um pouco crianças e para tentar alcançar essa meta. Faz- me pensar em Jesus na sua vida pública, quando quis indicar um único caminho que conduz com segurança ao Reino sem fim, diz estas palavras: “ Se não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus”. É um preço tão inacessível aos soberbos, quando está ao alcance dos humildes e de todos os que se tornam, com esforço, homens de boa vontade.
Luisa Loureiro
Depois das Férias
13-10-2015 18:42No dia 4 de Outubro festejou-se S. Francisco de Assis o santo da humildade, protector da Natureza e cujo nome foi escolhido pelo nosso Papa. Na encíclica “Louvado Sejas” o Papa faz contínuas referências a S Francisco e à sua acção na defesa da Criação dizendo que não era um simples asceta mas “uma renuncia a fazer da realidade um mero objecto de uso e domínio. Por outro lado, São Francisco, fiel à Sagrada Escritura, propõe-nos reconhecer a natureza como um livro esplêndido onde Deus nos fala e transmite algo da sua beleza e bondade: «Na grandeza e na beleza das criaturas, contempla-se, por analogia, o seu Criador» (Sab 13, 5) e «o que é invisível n’Ele – o seu eterno poder e divindade – tornou-se visível à inteligência, desde a criação do mundo, nas suas obras»” (ponto 12).
O santo de Assis é o padroeiro dos animais e o Papa também condena os maus-tratos aos animais e diz ser errada a visão dos outros seres vivos como “objectos” que podem ser “submetidos ao domínio arbitrário do ser humano”. Diz ainda que a Natureza não pode considerar-se “objecto de lucro e de interesse”.”
A visão que consolida o arbítrio do mais forte favoreceu imensas desigualdades, injustiças e violências para a maior parte da humanidade, porque os recursos tornam-se propriedade do primeiro que chega ou de quem tem mais poder: o vencedor leva tudo”. Nesse mesmo sentido a superioridade do ser humano não deve ver-se como “domínio irresponsável” mas como “capacidade diferente que por sua vez, lhe impõe uma grave responsabilidade derivada da sua fé”.
O Papa alerta-nos para que a “indiferença ou a crueldade” com as outras criaturas acaba por “repercutir-se no tratamento dos seres humanos”, “O coração é um só, e a própria miséria que leva a maltratar um animal não tarda a manifestar-se na relação com as outras pessoas. Todo o encarniçamento contra qualquer criatura «é contrário à dignidade humana». Não podemos considerar-nos grandes amantes da realidade, se excluímos dos nossos interesses alguma parte dela: «Paz, justiça e conservação da criação são três questões absolutamente ligadas, que não se poderão separar, tratando-as individualmente sob pena de cair novamente no reducionismo».
Tudo está relacionado, e todos nós, seres humanos, caminhamos juntos como irmãos e irmãs numa peregrinação maravilhosa, entrelaçados pelo amor que Deus tem a cada uma das suas criaturas e que nos une também, com terna afeição, ao irmão sol, à irmã lua, ao irmão rio e à mãe terra. (pontos 82 e 92).
O Papa usa a linguagem de S Francisco no maravilhoso Cântico das Criaturas que todos poderemos ler e que pode considerar-se um dos mais belos hinos de louvor ao nosso Criador.
Regressada de férias, vivificada pelo mar, confesso que senti sempre alguma nostalgia para não dizer tristeza, ao ver e ouvir o que se passava e infelizmente continua a passar-se com os migrantes, aqueles que não procuram uma melhor vida mas simplesmente “só a Vida porque para trás só deixaram morte”.
Olhando a imensidão do mar pedi a Deus por todos eles e convido a todos a que se não for possível fazer mais nada, pelo menos se faça uma corrente de oração por aqueles nossos irmãos.
Também foi com alguma ansiedade que vi os fogos que nos fustigaram principalmente no norte e centro do país. Pergunto-me como é possível ainda haver incendiários criminosos ou descuidados. É assim que cuidamos da nossa casa comum que é a Terra?
Maria Teresa Conceição
Dois Senhores
13-10-2015 18:41Há já alguns anos que ouvimos falar do deficit, da dívida externa, empréstimos, juros, cortes nos rendimentos das pessoas e ajustamento.
Por causa da globalização, um problema económico ou financeiro que ocorra num país, tem consequências para os outros.
Geralmente associado aos problemas económicos vem o problema social. Há, na sociedade atual, uma parte da população que vive com muito baixos rendimentos e que as crises sucessivas têm tornado ainda mais frágeis.
Para colmatar situações muito difíceis, as entidades que se ocupam em obras sociais são cada vez mais solicitadas.
É certo que o que se torna mais visível é o que foi dito atrás, mas se formos ao fundo da questão, se procurarmos as causas primeiras encontramo-nos sempre com o mesmo problema - problemas de ordem moral.
Temos conhecimento de grandes financeiros que, em vez de porem os seus talentos e saber ao serviço do desenvolvimento de meios que criem riqueza para todos, constroem esquemas, por vezes fraudulentos, para o enriquecimento rápido de alguns poucos.
Muitos governantes são imprudentes utilizando mal os recursos de que dispõem e contraindo dívidas. Não em bem de investimentos que, com o decorrer do tempo se pagam a si próprios e geram riqueza para o país, mas em obras vultosas não necessárias e que criam encargos pesados para as novas gerações.
Atividades, como a bancária, que se baseiam essencialmente na confiança entre os diversos intervenientes, veem essa confiança traída por operação ruinosa.
Estes procedimentos resultam de haver uma ignorância por parte de todos, do que é o procedimento moral. As ações de que falei são possíveis porque quem as faz dispõe de meios mas não se interroga se deve ou não tomar essas decisões.
Como sabemos todas as coisas têm o anverso e o reverso. Uma coisa boa em si, se for mal utilizada pode conduzir a fracassos. Basta recordar que Alfredo Nobel fabricou a dinamite para que fosse usada pelos operários que trabalhavam nas minas, poupando-lhes muito esforço e um mais rápido resultado; todavia, a maior aplicação que os homens lhe deram foi como arma bélica.
A indiferença religiosa que grassa no mundo e, em especial, na velha Europa, vem dar corpo à falta de sentido moral. Este facto repercute-se nos costumes e na convivência entre as pessoas.
O homem tornou-se o centro de tudo, fazendo o que lhe apetece, seja bem ou mal, lutando para obter não apenas o necessário mas também o supérfluo. Todos os meios lícitos ou ilícitos são utilizados na reverência prestada ao deus que adoram- o dinheiro.
Há no Evangelho uma passagem em que expressamente se diz que “ não podes servir a Deus e ao dinheiro”. Significa isto que, já no tempo em que Jesus esteve na terra, havia aqueles que escolhiam o dinheiro como seu farol.
O dinheiro é necessário e todos devemos fazer o possível para, através do nosso trabalho, obter o suficiente para nos mantermos e à nossa família com dignidade; todavia, hoje encontramos uma forma consumista que é insaciável.
Em contraste com estes há aqueles que possuindo alguns bens, por vezes poucos, repartem com os outros, ajudando-os a minorar as suas dificuldades.
Este procedimento acontece quando vemos no outro um irmão ou até o próprio Cristo.
Alguém afirmou que “Estas crises são crises de Santos”. É verdade. Se cada um de nós sair do seu egoísmo e se abrir aos outros, será melhor para todos.
Margarida Raimond - Professora
“O dia em que o sol bailou”: Santuário de Fátima apresenta
13-10-2015 18:40Coreografia evocativa da última aparição
“O dia em que o sol bailou” é o título da obra coreográfica alusiva à última aparição da Virgem Maria na Cova da Iria, a 13 de outubro de 1917, que vai ser apresentada em maio de 2016 no Santuário de Fátima, revelou hoje a sua sala de imprensa.
A afirmação «sou do Céu», enunciada por Maria aos pastorinhos aquando do primeiro encontro, constitui «a semente» do projeto, e é com ele que a companhia “Vortice Dance Company”, sediada em Fátima, iniciará o espectáculo.
A génese criativa passou a etapa da investigação dos conteúdos, estando agora «numa fase de pesquisa e de construção de todo o grafismo que servirá de suporte ao espetáculo», explicaram os coreógrafos e bailarinos Cláudia Martins e Rafael Carriço.
«Quando falamos em pesquisa, falamos na criação de vários caminhos e na triagem dos mesmos. Trilhos que criamos e que de uma forma orgânica e criativa nos permitem fazer a simbiose de um conteúdo temático muito específico e sublime do ponto de vista humano e espiritual, com uma linguagem artística contemporânea e multidisciplinar», referem.
Os autores sublinham que a sua criação incide sobre os aspetos que mais os «sensibilizam e surpreendem» na história e «extensão da palavra de Nossa Senhora de Fátima no tempo e no espaço, que será o mesmo que dizer, até aos dias de hoje e no mundo inteiro». «É nesta fase que estamos a definir as partes que realmente pretendemos descrever de forma literal e fidedigna, como certos pormenores da vida dos pastorinhos e os factos a partir dos quais pretendemos criar metáforas com situações dos dias de hoje», mostrando a atualidade das aparições, tendo em conta que «as artes performativas além de questionarem e de transformarem, também podem ser um veículo de mensagens».
O segundo trabalho da “Vortice Dance Company” para o Santuário de Fátima pretende «criar um formato artístico inovador, que reflita a essência da Mensagem de Fátima na sua plenitude. O ontem, hoje e amanhã, tocados pela força mobilizadora da fé e da oração; um espetáculo diferente que seja transversal às diferentes gerações».
A coreografia vai ser apresentada no Centro Pastoral de Paulo VI, em Fátima, nos dias 11, 13 e 15 de maio.
A primeira encomenda do Santuário à companhia de dança ocorreu em 2006, com a peça “A solo com os anjos”, desenvolvida para as celebrações dos 90 anos das aparições do anjo na Cova da Iria. A coreografia foi apresentada em várias cidades portuguesas, tendo sido levada, a convite da embaixada de Portugal em Marrocos, a Rabat e Casablanca.
[(https://www.snpcultura.org/o_dia_em_que_o_sol_brilhou_santuario_fatima_apresenta_coreografia.html, Rui Jorge Martins, Publicado em 22.09.2015]
África, para além do Ébola
13-10-2015 18:40Em conjunto com um grupo de médicos, Manuel Lago, engenheiro naval natural de Vigo, Espanha, a residir há 35 anos na Costa do Marfim, impulsionou em 2004 a criação de Walé, um centro de cuidados primários e de formação em saúde, bem como um dispensário na aldeia de Toumbokro, situada a 28 quilómetros de Yamusukro, que é a capital oficial do país, embora o Governo se encontre em Abijan.
Manuel Lago explica que a ideia surgiu “face ao drama daquela população pobre no acesso à saúde: poucos estabelecimentos, atenção insuficiente e custos, que embora moderados, são proibitivos para a maior parte daquelas pessoas”. Nas cidades da Costa de Marfim há hospitais mas são poucos para atender corretamente os numerosos doentes. “Além disso, e talvez seja o mais grave, as consultas não são gratuitas e os medicamentos e o material de saúde (compressas, gases, anestesia, etc.) têm ser comprados pelos próprios doentes”.
Durante o ano passado realizaram-se em Walé mais de 30.000 consultas e 44.000 análises e atualmente são atendidos no centro médico 2.656 doentes de VIH Sida. “Tivemos um alarme de uma doente cujos sintomas faziam suspeitar que fosse um caso de ébola, mas felizmente foi um falso alarme. De facto, o ébola não afetou a Costa do Marfim”. “O nosso objetivo é dar uma assistência de cuidados primários de qualidade a preços muito reduzidos e facultar os medicamentos necessários ao melhor preço possível”.
Juntamente com os cuidados de saúde, outro dos objetivos de Walé é reduzir os riscos da automedicação, bem como proporcionar aos doentes educação em matéria de nutrição e prevenção de doenças derivadas de uma deficiente higiene. Um dado significativo é que cerca de 80 por cento dos doentes são mulheres e crianças.
Paralelamente ao número de doentes, com o passar dos anos, foi também crescendo o prestígio do centro médico entre a população mais necessitada. “Um dia apareceu um táxi que trazia um rapaz de cerca de 20 anos desmaiado. Impossível saber quem era. O taxista disse-nos que umas pessoas o tinham encontrado desmaiado na rua e disseram-lhe que o trouxesse para Walé, pagando-lhe a corrida; bons samaritanos que, como toda a gente em Yamusukro, sabiam que Walé faria o impossível para salvar a vida do doente. O médico que o recebeu diagnosticou-lhe rapidamente uma situação urgente de peritonite. Era preciso tentar localizar a família e enviá-lo para um hospital onde o pudessem operar. Foi posto a soro e quando recuperou um pouco o conhecimento, foi-lhe perguntado se tinha um número de telefone para onde se pudesse ligar. Deu o número do telemóvel do pai, mas não atendia. Levámo-lo para uma clínica com sala de operações, onde foi operado a cargo de Walé e salvou-se-lhe a vida.
Por fim demos com o pai: era um agricultor que estava no campo, numa zona sem sinal, e que só ligou quando regressou a casa, à tarde. Quando se lhe comunicou que o seu filho já tinha sido operado ficou logicamente muito agradecido e comprometeu-se a ir pagando as despesas com a operação, pouco a pouco, coisa que foi fazendo na medida das suas escassas possibilidades”.
Este episódio reflete as necessidades do país, a dignidade das pessoas que vão às consultas, o empenho e o espírito na ajuda que aqui está subjacente. Porque, como salienta Manuel Lago, “seja qual for a sua situação económica, em Walé o doente é sempre uma pessoa que necessita de compreensão, de afeto e de respeito”. (Texto adaptado)
Maria Susana Mexia
Ao encontro das pessoas, famílias e comunidades
13-10-2015 18:38Vale mais só
13-10-2015 18:38De há uns anos a esta parte tenho constatado como é difícil conversar com algumas pessoas que conhecemos e com quem nos encontramos no dia-a-dia, quer por motivos profissionais, sociais ou familiares.
Sendo que maioritariamente são adeptas do “ desporto nacional” = dizer mal de tudo e de todos, os restantes, basicamente, dividem-se entre os que já não acreditam em nada, por isso não mexem uma palha, e os que papagueiam literalmente o que leram nos Diários ou viram nos telejornais (parafraseando um amigo meu: “óptimo para fazer arroz de cabidela, pois é só carne e sangue).
As férias não foram fáceis, fui sentindo escassear os tempos de amena cavaqueira na esplanada ou à beira mar. Cheguei mesmo a temer dar uma gargalhada sonora ou contar uma daquelas inocentes anedotas, por recear magoar alguns rostos que, de tão solenemente sérios, pudessem levar a mal rasgos de optimismo, leveza ou, simplesmente, alegria de viver.
Lamento meus queridos amigos mas sei que não vou por aí, prefiro estar só com os meus pensamentos de paz e amizade do que carrancudamente acompanhada e a desafiar catástrofes. Não nasci para ser muro de lamentações, não tenho jeito para carpideira, nem estofo para lamechas….
Foi assim, que recusando-me a fazer parte deste cinzento problema, me lancei “Mar Adentro” e venho desafiar o meu querido leitor/a a vir comigo fazer parte da solução: “a aventura de rumar contra a maré, neste contexto onde os tristes e desanimados se arrumam e se deixam vencer pelas vicissitudes dos tempos”. Não quero ir vivendo, mas sim desafiar o presente rumo ao futuro e acreditar que as coisas têm de mudar, mas para isso é necessário o nosso empenho, ajuda e tenacidade.
Não tenhamos medo, não estejamos preocupados, mas simplesmente ocupemo-nos empregando alegremente o nosso tempo em prol das coisas boas, sejamos mensageiros de esperança, lancemos sementes coloridas, ponhamos a render os nossos talentos e provoquemos o acontecer dum mundo melhor hoje, aqui e agora.
Maria d' Oliveira