4ª feira de cinzas

01-03-2013 18:50
 

Teve início mais uma caminhada em direção à Páscoa. Esta caminhada quaresmal,  de íntima união a Jesus Cristo, começa em Quarta-Feira de Cinzas e termina com a missa vespertina da Ceia do Senhor de Quinta-Feira Santa, a partir da qual se inicia o Tríduo Pascal.

 

 

Durante este tempo, aproximadamente 40 dias, a liturgia conduz-nos a uma purificação e santificação através do Sacramento da Reconciliação e da Eucaristia.

Na unidade pastoral de Proença-a-Nova, S. Pedro do Esteval, Peral e Cardigos, teve lugar a celebração da Eucaristia com a imposição das cinzas. As igrejas encheram, os cristãos acorreram num verdadeiro sentido de entrada num tempo de reflexão e conversão espiritual. Três grandes linhas de ação marcam este tempo: a oração, a penitência e a caridade.

Conversamos com algumas pessoas sobre este dia e o seu significado para as pessoas mais velhas. Salientaram-nos a importância deste dia e como nos disse a Dª Maria de Jesus  “a quaresma para mim tem mais  valor, se participar na Eucaristia e na imposição das cinzas”.

Bento XVI na homilia da Missa de Cinzas citou as leituras referindo que elas conduzem os fiéis a “retornarem a Deus com todo o coração”, tarefa que é possível, “porque há uma força que não reside no nosso coração, mas que emana do próprio coração de Deus. É a força de sua misericórdia”. “O retorno ao Senhor é possível como ‘graça’ porque é obra de Deus e fruto da fé que nós repomos na sua misericórdia. Mas este retornar a Deus só se faz realidade concreta na nossa vida quando a graça do Senhor penetra no íntimo e o agita dando-nos a força de ‘rasgar o coração’”, disse.

Bento XVI denunciou o facto de nos nossos dias muitos estarem prontos a “‘rasgar as vestimentas’ perante escândalos e injustiças – naturalmente cometidos por outros– mas poucos parecem disponíveis a atuar sobre o próprio “coração”, sobre a própria consciência e sobre as próprias intenções, deixando que o Senhor transforme, renova e converta”.

A concluir, o Santo Padre fez votos para que “nenhum de nós  seja surdo a este apelo, que nos vem dirigido também no austero rito, tão simples como sugestivo, da imposição das cinzas”.