Colecionar, mais que um passatempo

26-07-2012 14:51

Colecionar é, para Francisco Cabral, muito mais que um mero passatempo. “É um organizar de ideias e sensações, é um despertar de sensibilidades e saudosismos.”

Com  os  39  carros  de  uma  coleção  iniciada  há cerca de 3 anos,  convida-nos  a  percorrer  um mundo de sonho que de certa forma faz recuar aos tempos da infância. Esta coleção encontra-se patente no Auditório Municipal de Proença-a-Nova, até 31 de Agosto.

Fomos conversar com ele, sobre a faceta da sua vida. Além da profissão de professor, o colecionismo surgiu na sua vida de forma natural e quase inconscientemente. A primeira coleção foi a dos selos, há mais de 50 anos. Começou na escola primária. Naquele tempo havia muitas cartas e começou a achar graça aos selos, cores, países, desenhos e por ai fora. Sem se dar conta aos poucos a coleção foi crescendo. Hoje serão já milhares, mas não sabe ao certo, pois falta agora organizar, talvez quando se reformar. O bichinho do colecionismo instalou-se e a partir dai não mais parou. Coleciona de tudo um pouco: pines, canetas, caixa de fósforos, moedas, galhardetes, postais, calendários de bolso, auto colantes e outra coleção que é para Francisco Cabral muito especial a de Cavaleiros Medievais, tem 60. E porquê um carinho especial por esta, “porque ela é tão pormenorizada, tão idêntica ao real que me fascina. Não falta lá nenhum pormenor dos cavaleiros pintados à mão. Só mesmo os Chineses com a sua paciência para fazer coisas destas” disse. É um colecionador sem espirito de obrigação. Uma das mais recentes é então a coleção de automóveis antigos e algumas camionetes. Aos poucos foi comprando e podemos encontrar na exposição o modelo de um carro de 1903, percorre vários anos, conforme os modelos iam surgindo.

Salientou o aspeto didático de ser colecionador, “se nos dedicarmos em profundidade, aprendemos sobre história, geografia, mecânica e muitas mais coisas, conforme a coleção. Tenho pena de não ter mais tempo para essa outra parte das minhas coleções”.

Persistência, paciência e tempo, são ingredientes para se ser colecionador.

Desenvolver a coleção, torna-la dinâmica, cada vez mais completa, leva a uma necessidade de um melhor trabalho, o senso de observação, a atenção são importantes para o estudo mais profundo de qualquer assunto.