Evolução da Floresta em Portugal

12-04-2013 11:18

CCVF

Está patente ao público uma exposição sobre “A Evolução da Floresta em Portugal” desde o dia 3 de Abril até ao dia 30 de Junho.

A inauguração teve lugar no dia 3, no Centro de Ciência Viva da Floresta com a presença do Prof. Dr. João Pais, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova que fez a apresentação da exposição.

A Coordenação da mesma está a cargo do Prof. Dr. João com a colaboração do Dr. Mário Mendes, do Centro de Investigação em Ciência Engenharia Geológica da mesma Escola.

A exposição é uma mostra sobre a evolução das plantas e da floresta em território português ao longo da história da Terra. Conta com um conjunto de fósseis de vegetais, alguns com mais de 300 milhões de anos. Poderão também ser vistas algumas plantas atuais descendentes desses exemplares primitivos.

 

Os organismos fotossintéticos, surgidos há cerca de 2800 milhões de anos, são responsáveis pela atmosfera oxigenada da Terra. Até aproximadamente 430 milhões de anos (Silúrico Superior) as plantas apenas viviam em ambientes aquáticos. A partir daí, evoluíram rapidamente nos ambientes terrestres, e delas descendem todos os grupos conhecidos de plantas. A colonização do meio terrestre pelas plantas deve considerar-se como um marco fundamental na evolução biológica. O aparecimento do coberto vegetal tornou possível a diversificação dos animais.

Entre os 350 e os 300 milhões de anos da história da Terra, em Portugal, formavam-se cordilheiras de montanhas com lagos rodeados e habitados por vegetação rica e diversificada. Havia cavalinhas gigantes (Calamites) e plantas afins de licopódios e selaginelas atuais, mas de porte arbóreo (Sigillaria, Lepidodendron) a par de coníferas que lembravam araucárias. Os fetos e fetos produtores de “sementes” eram abundantes e diversificados.

Entre 200 e 150 milhões de anos as coníferas dominavam a vegetação arbórea. Algumas extinguiram-se no final do Mesozóico. As plantas de porte mais reduzido eram representadas por algumas pré-espermatófitas como cicadófitas, com plantas afins das cicas actuais e outras semelhantes, mas que produziram as primeiras inflorescências, as Bennettitales. Os fetos abundavam.

Há cerca de 125 milhões de anos surgiram as angiospérmicas, as plantas com flor que hoje dominam em todos os ambientes terrestres. Todavia, só há cerca de 55 milhões de anos angiospérmicas parecem terem atingido importância ecológica semelhante à actual. A partir daí, a vegetação evoluiu. As áreas de povoamento das diferentes associações florestais modificaram-se profundamente devido às oscilações climáticas, em parte devidas à deriva das áreas continentais.

Depois de feita a apresentação teórica para uma plateia onde se destacavam os alunos do 9º, 10º, 11º e 12º anos do Instituto de S. Tiago de Sobreira Formosa, todos puderam visitar a exposição e ouvir in loco a explicação do prof. Dr. João Pais.

No final a satisfação era geral.

A Professora Filipa, que acompanhou os alunos referiu que é uma excelente oportunidade para perceber a história das plantas na Terra. Na exposição estão exibidos valiosos fósseis e exemplares vivos de plantas que representam a sua evolução, tornando a exposição uma verdadeira aula viva. A visita à exposição dará certamente, um óptimo passeio com a família, amigos ou mesmo numa visita de estudo.