Festa em honra de São Bento

12-04-2013 11:24

Decorreram de 30 de Março a 2 de Abril as Festas em honra de S. Bento. O dia de S. Bento (2 de Abril), foi o dia principal com a Missa e procissão pelas ruas da aldeia, ornamentadas a rigor. Não faltaram os devotos de S. Bento e muitos para cumprir as suas promessas.

O espaço nas traseiras do recinto das festas foi melhorado e este ano as condições logísticas ficaram facilitadas, ficando assim mais espaço.

O Mastro recebeu também a respetiva manutenção que é feita sempre antes da festa e, como manda a tradição, foi deitado a baixo. Depois do esforço feito, estavam à espera dos “trabalhadores” apetitosos petiscos.

A festa contou com a actuação do Rancho Folclórico da Chaveira-Chaveirinha. Derivado ao mau tempo que se fazia sentir, a actuação teve que ser no interior da associação.

 

Conversámos com o Sr. José André de 80 anos que se mostrou satisfeito com mais uma festa em honra de S. Bento. “Havia para ai gente que nunca mais acabava. Já estamos habituados a que venha gente de muitos lados a cumprir as suas promessas, embora agora menos”. Continua a vir gente de muitos locais a cumprir as promessas que ao longo do ano faz a S. Bento. A promessa para tirar do corpo os cravos é das mais conhecidas. O trigo era a troca pela cura. A Dª Isaura Mendes, de 84 anos destacou o aumento de gente que este ano se verificou, disse-nos “a capela estava cheia, mas como não é muito grande estendiam-se pelas ruas. Na procissão é que se podia ver tanta gente. Este ano notou-se um aumento de pessoas”, referia-se ao dia propriamente dito de S. Bento, dois de Abril. A festa começou logo na sexta-feira, “mas havia pouca gente, com a chuva muitos ficaram em casa e não vieram, agora no dia do S, Bento sim, a enchente foi mesmo muita”, referiu a Dª Isaura.

Com os seus 84 anos, já viu muita coisa. Já encontrou esta romaria assim, se bem que antigamente “isto era uma coisa nunca vista. Gente de joelhos a cumprir promessas e depois deitavam as suas esmolas”. Recorda ainda as pessoas espalhadas à volta da capela a almoçar, no chão, em cima duma manta, e por ali estavam todo o dia. Vinham a pé ou de burro, nas carroças, “agora isto fica tudo cheio de carros, é uma diferença, quem viu antigamente e quem vê agora! Mas a devoção continua, embora com menos gente, quer de fora, quer de cá”. A origem da devoção perde-se nos tempos, os mais antigos já a encontraram e já a ouviam contar aos pais e avós e prometem continuá-la.