Vale mais só

13-10-2015 18:38

De há uns anos a esta parte tenho constatado como é difícil conversar com algumas pessoas que conhecemos e com quem nos encontramos no dia-a-dia, quer por motivos profissionais, sociais ou familiares. 

Sendo que maioritariamente são adeptas do “ desporto nacional” = dizer mal de tudo e de todos, os restantes, basicamente, dividem-se entre os que já não acreditam em nada, por isso não mexem uma palha, e os que papagueiam literalmente o que leram nos Diários ou viram nos telejornais (parafraseando um amigo meu: “óptimo para fazer arroz de cabidela, pois é só carne e sangue). 

As férias não foram fáceis, fui sentindo escassear os tempos de amena cavaqueira na esplanada ou à beira mar. Cheguei mesmo a temer dar uma gargalhada sonora ou contar uma daquelas inocentes anedotas, por recear magoar alguns rostos que, de tão solenemente sérios, pudessem levar a mal rasgos de optimismo, leveza ou, simplesmente, alegria de viver.

Lamento meus queridos amigos mas sei que não vou por aí, prefiro estar só com os meus pensamentos de paz e amizade do que carrancudamente acompanhada e a desafiar catástrofes. Não nasci para ser muro de lamentações, não tenho jeito para carpideira, nem estofo para lamechas….

Foi assim, que recusando-me a fazer parte deste cinzento problema, me lancei “Mar Adentro” e venho desafiar o meu querido leitor/a a vir comigo fazer parte da solução: “a aventura de rumar contra a maré, neste contexto onde os tristes e desanimados se arrumam e se deixam vencer pelas vicissitudes dos tempos”. Não quero ir vivendo, mas sim desafiar o presente rumo ao futuro e acreditar que as coisas têm de mudar, mas para isso é necessário o nosso empenho, ajuda e tenacidade.

Não tenhamos medo, não estejamos preocupados, mas simplesmente ocupemo-nos empregando alegremente o nosso tempo em prol das coisas boas, sejamos mensageiros de esperança, lancemos sementes coloridas, ponhamos a render os nossos talentos e provoquemos o acontecer dum mundo melhor hoje, aqui e agora.

Maria d' Oliveira