“Vamos escrever a história do Padre Armando”

12-06-2012 19:07

 Decorridos 6 meses desde a partida do Padre Armando para a casa do Pai e falta qualquer coisa no nosso jornal. Faltam as suas palavras sábias e mestras.

Pois é, a minha referência para o “Concelho de Proença-a-Nova” era o Padre Armando. Não é menosprezo pelas outras pessoas que escrevem, mas a minha primeira pesquisa eram as palavras do Padre Armando. Tudo o resto vinha depois e tinha e tem a sua importância. Mas agora há um vazio. Durante o mês seguinte à sua partida ainda aparecia alguma notícia sobre ele. A última foi: “E Deus pegou-te ao colo” de 25 de Novembro de 2011 e desde então o vazio do seu nome ficou. Será que esquecemos rapidamente aqueles que partem, mesmo os que nos marcam pela positiva?

Que interessante seria podermos ir escrevendo a história do Padre Armando, por forma a manter viva a sua memória.

É apenas um desafio que eu gostava de lançar. O Padre Armando não concluiu a sua obra na terra, pois partiu muito cedo, mas muito fez e muito fez acontecer, ficando ainda muito por fazer.

 

Que tal cada um dos leitores poder colocar no papel alguma história vivida com o Padre Armando e enviá-la para o jornal? Com certeza muitas histórias estão na mente de quem com ele conviveu. Muitas serão pequenas histórias, mas muitas serão grandes vivências. Todas elas são importantes para ir fazendo a história deste grande HOMEM e todos temos uma memória dele em nossas vidas. Afinal até pode ser uma história sobre o facto de se terem colocado umas simples rodas no seu sofá que facilitaram os seus últimos momentos, na capela junto ao sacrário, pode ser uma história dos momentos passados a seu lado, quer na saúde, quer na doença. Podem ser momentos vividos num convívio fraterno, podem ser momentos nos campos de férias, podem ser momentos passados na lavoura, na vindima, na apanha da cereja, da azeitona. Podem ser tantas e tantas histórias. Interessante seria passar para o papel a história de uma vida, plena de tudo, de alegria, de tristeza, de dor…

Ele foi lembrando os amigos e familiares nos últimos momentos de sua vida. Será que os amigos também o conseguem relembrar agora que ele partiu?

Não pretende ser um reviver a tristeza, mas sim a alegria. A alegria de sua partida para o Pai, como ele fazia questão de sublinhar. A alegria dos momentos vividos a seu lado. A alegria de ter conhecido um HOMEM tão extraordinário e que tanto fez. A alegria de poder passar para o papel uma história vivida. A alegria de poder dizer: a memória do Padre Armando continua viva entre nós e a sua missão continua na terra.

Tó-Manel