SEMANA SANTA EM PROENÇA-A-NOVA

Foi esta a grande mensagem que nos deixou o Pe. António, missionário da Consolata, pregador de mais um Tríduo Pascal na unidade paroquial de Proença-a-Nova, S. Pedro do Esteval, Peral e Cardigos. Este ano a chuva acompanhou as cerimónias. Mesmo assim não impediu que a fé marcasse presença trazendo até às cerimónias muitos fiéis.
 

 

DOMINGO DE RAMOS

 As cerimónias iniciaram-se Domingo de Ramos com a comemoração da entrada do Senhor em Jerusalém, com a bênção e a procissão dos ramos; Os fiéis levaram consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração. Segundo os Evangelhos, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os(discípulos). Entrou na cidade como um Rei, mas sentado num jumentinho - o símbolo da humildade - e foi aclamado pela população como o Messias, o Rei de Israel. Em Proença-a-Nova a procissão iniciou-se na capela do Espírito Santo em direção à Igreja Matriz.
 

 

QUINTA-FEIRA SANTA

Eucaristia é memória de Deus, memória da grande fidelidade e confiança que Deus tem em cada um de nós.
Quinta-feira Santa com a celebração da Ceia do Senhor. Decorreu dentro da celebração a cerimónia do lava pés, à semelhança do que Jesus fez aos Apóstolos na Última Ceia. É o último dia da Quaresma e, ao mesmo tempo, a partir da Missa Vespertina, a inauguração do Tríduo Pascal.
É o dia em que Cristo, na sua ceia de despedida, antes da morte, instituiu a Eucaristia, deu a grande lição de humilde serviço, lavando os pés aos seus apóstolos, e constituindo-os sacerdotes mediadores da sua Palavra, dos seus sacramentos e da sua salvação.
O pe. António, na sua homilia salientou que “ a vida de cada um de nós só tem sentido se for uma contínua ação de Graças”. Continuou, chamando a atenção para a necessidade de agradecermos, pois ao fazê-lo estamos a fazer “memória da presença de Deus na nossa vida”. Deixou um grande desafio: “Precisamos ser mais ativos para construir  a nossa comunidade. Às vezes somos cristãos de Eucaristias, mas não cristãos Eucarísticos. Devoramos eucaristias, mas não construímos a Eucaristia. Vivemos amarrados. Precisamos libertar-nos”.

E, a melhor forma de nos libertarmos é servindo os outros. Aqui deixou outro desafio: “coloquemo-nos ao serviço dos outros, dos mais pobres, de quem precisa de um sorriso, um pequeno gesto de amor e de caridade. Por isso, disse-nos o Pe. António, “Todos necessitamos de aprender a servir. Tanta gente perto de nós que necessita de nós, na nossa casa, com quem trabalhamos, na nossa aldeia na nossa cidade. Não podemos ficar à espera que os outros venham ter connosco. Não fiquemos de braços cruzados abramos a nossa casa para receber Deus, mas saibamos sair da nossa casa para levar Deus aos outros”.

 

SEXTA-FEIRA SANTA

Entrada das Capelanias na capela da Misericórdia, com as suas cruzes

 

“Temos que passar a ver com os olhos de Deus”

Sexta-Feira Santa, as cerimónias em Proença, iniciaram-se com a entrada das capelanias com as suas cruzes, na capela da Misericórdia.
Durante o dia, o tempo chuvoso não permitiu a realização no exterior da Igreja das tradicionais procissões do Pretório e do Encontro. No entanto, à noite o céu abriu-se dando oportunidade a que a multidão presente participasse na procissão do enterro do Senhor.

Procissão do Pretório

 

 

Procissão do Encontro

O Pe. António voltou aos acontecimentos do tempo de Jesus, ao que verdadeiramente aconteceu naquele dia e ao julgamento de Jesus. “Quando julgo segundo meus critérios, segundo a minha maneira de ser, segundo o que são os meus sonhos, eu equivoco-me e foi o que aconteceu a Pilatos”- disse. Salientou ainda que muitas vezes julgamos não segundo a nossa consciência, mas segundo o que os outros possam dizer“. No momento de tomar decisões temos medo, “de ser julgados pelos outros, de ser espezinhados e calcados porque dizemos o que deveríamos dizer e temos medo da verdade, de enfrentar a reações dos outros”. Destacou a importância de estar atentos ao que se passa a nossa volta, mas de uma forma diferente daquela que estamos habituados, “temos que passar a ver com os olhos de Deus” e isso é olhar para o positivo, para o belo, para os dons que Deus nos deu. Todos temos que aprender uns com os outros e com Deus.
 

 

Procissão do Enterro do Senhor

 

 

SÁBADO SANTO

 

“Onde estamos procurando Deus?”

Neste dia da Ressureição, cantamos solene a vitória do nosso Deus, bebendo com alegria do manancial da salvação, que é o próprio Jesus. Como referiu o Pe. António, na noite da Vigília Pascal, “A maior criação de Deus somos nós”. Por isso desafiou a que cada um de nós possamos acreditar num Deus que está para ciar, que “se admira connosco, que está para que cada um de nós diga que Deus é bom porque caminha comigo”. Pediu para não nos esquecermos que Deus se manifesta em quem está ao nosso lado por isso “aprendamos a valorizar o outro”, disse.
Depois lançou a questão: “Onde estamos procurando Deus?” e, o principal lugar onde o devemos procurar é na vida de cada um. Por vezes procuramos no lugar errado e Ele está dentro de nós.
Já no final das suas palavras fez um pedido a Proença-a-Nova: que construa uma comunidade santa. ”O mundo de hoje necessita de comunidades santas, não só de pessoas santas, mas comunidades que dêem o exemplo da Ressurreição, comunidades e famílias que se ajudam, pessoas que se interessam umas pelas outras, porque dizem: és uma bênção de Deus, és presença de Deus na nossa vida” .
O grande compromisso que todos nós hoje temos, é construir comunidades santas. Precisamos todos de nos ajudar a ser santos, para sermos exemplo para os outros.
 

DOMINGO DE PÁSCOA